Olá Devoradores!
Depois de muito tempo sem postar nada
aqui no blog, hoje venho mostrar o 5º capítulo do conto do projeto
Fantastiverso – Disseminando a leitura através da fantasia.
Caso você não tenho visto os capítulos
anteriores você pode conferir clicando nos links: Capítulo 1 – Capítulo 2 – Capítulo 3 – Capítulo 4.
O capitulo hoje é a mistura dos livros Limiar: Entre o Céu e Inferno da Elaine Velasco e O Último Beijo de
Cacá Adriane.
Então bora ver como está à história?
Samael olhou o horizonte pensando em
como fora fácil convencer Pietro. Sua guerra começaria em breve e estava
confiante de sua vitória. Tinha a seu lado, além de outros anjos, vampiros e em
breve sugadores de energia. Ouvira falar muito neles anos antes, mas sem nunca
ter a plena certeza de que eram reais, e se o eram, como e onde viviam. Não lhe
restava muitas escolhas a não ser alçar voo para a cidade de um garoto chamado
Gabe. Sabia que mesmo que não estivesse no caminho certo, o moleque poderia lhe
dar respostas dos verdadeiros sugadores.
Não soube por quantos minutos ou quantas
horas haviam se passado desde de seu encontro com Pietro em São Paulo, contudo,
resolveu descer lentamente e planar sobre um bosque esbranquiçado pela neblina
que escondia a pequena cidade que procurava.
Pousou. Seus pés tocaram a grama úmida
e ele balançou as enormes asas para afastar a fadiga da viagem. Olhou ao redor,
ciente de que o que procurava espreitava sua presença, tão surpresos e
consternados que Samael riu só de imaginar a feição daquelas criaturas diante
de um legitimo anjo da morte.
— Eu sei que vocês estão
aí... – o anjo disse com voz afável. – Não tenham medo.
Nada além das corujas que piavam
distante se fez ouvir. Nem mesmo o respirar ou passos de humanos eram ouvidos.
— Temo que não tenhamos
tempo para apresentações. – o anjo caminhou lentamente até uma árvore, sabendo
que poucos metros depois dela, um rapaz o observava. – Vamos! Preciso de vocês.
Os passos fofos sobre a terra e as
folhas foram ouvidos e o anjo se virou lentamente, encontrando próximo de si um
jovem de cabelos claros que, de aparência sisuda o mediu com desprezo e depois
sorriu.
— O que é você? – Danny
perguntou desconfiado.
— Eu é que deveria fazer
tal pergunta, moleque.
— Não vejo razões para nos
tratar como moleques. – uma segunda voz surgiu por entre as árvores. Gabe se
aproximava também, os olhos tomados pelo branco da fome de energia. – Você tem
a mesma aparência que a nossa.
— Sou Samael, um jinni. Já vivi muitos anos além dos que
vocês dois já viveram. Apesar de não estar muito certo, creio que eu tenha sido
o responsável pela “criação” de vocês, visto que sou “pai” dos súcubos e
íncubos, dos quais, acredito que vocês descendam.
— E quais as razões de sua
vinda até aqui? Esse fim de mundo... – Danny sorriu desviando os olhos para o
ambiente.
— Estamos para entrar em
guerra... Uma guerra contra seres que certamente virão atrás de qualquer
criatura com dons sobrenaturais, o que inclui vocês.
— Não somos seres de
fantasia. – Gabe riu – Somos especiais...
— Sim. – Samael abriu seu
lustroso sorriso. – Assim como os vampiros também se acham “especiais”. – e fez
sinal de aspas com as mãos e cheio de sarcasmo nos olhos.
— Você disse vampiros? – o
sorriso frouxo de Danny se desfez e ele pousou sua feição dura em Gabe como se
trocassem pensamentos.
— Não sei qual o problema
de vocês com os sugadores de sangue... – Samael voou repentinamente até uma
árvore baixa e de lá observou a cara dos dois jovens.
— Digamos que às vezes eles
gostam de sugar a energia das pessoas... Assim como nós. – Gabe se aproximou
mais, sentindo-se confiante diante do jinni.
— Hum... E digamos que eu
possa proporcionar a vocês uma revanche depois de nosso embate? – Samael viu
vantagem ali. Poder oferecer uma batalha dos sugadores de energia contra os
sugadores de sangue. Seria épico.
— O que me diz Gabe? –
Danny riu. A vontade de voltar a lutar crescendo em seu peito, rasgando-lhe a
alma.
— Não sei se os outros vão
aceitar. – Gabe estranhou sua prudência. Nunca lutara contra vampiros, apesar
de quando menino, ter presenciado uma luta sangrenta entre seu líder e o líder
vampiro do país.
— Eles não vão recusar a
possibilidade de vingança. – Danny cuspiu as palavras fumegantes no chão.
— Estou gostando de ver. – Samael bateu palmas e riu mais alto. – Só não digam que
eu ofereci isso como pagamento. Sabem como são os vampiros...
— Então Samael... – Gabe parou para pensar. – Conte-nos mais
sobre essa guerra que está vindo.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Deixe seu comentário aqui