Autor: Marie Rutkoski
Editora: Plataforma21
Ano: 2016
Páginas: 360
Existe a tentação e existe a coisa certa a se fazer. E está cada vez mais difícil para Kestrel fazer a melhor escolha.Um noivado imperial significa uma celebração após a outra: cafés da manhã com cortesãos e dignatários influentes, bailes, fogos de artifício e festas até o amanhecer. Para Kestrel, porém, significa viver numa gaiola forjada por ela mesma. Com a aproximação do casamento, ela deseja confessar a Arin, seu ex-escravo e atual governador de Harren: só aceitou se casar com o príncipe herdeiro do império em troca da liberdade dele, Arin. Mas será que Kestrel pode confiar nele? Ou, pior: será que pode confiar em si mesma?No jogo do poder, Kestrel está se tornando perita em blefes. Age como uma espiã na corte. Se for pega, será desmascarada como traidora de seu próprio império. Ainda assim, ela não consegue deixar de buscar uma forma de mudar seu terrível mundo... e está muito perto de descobrir um segredo tenebroso.Nesta sequência fascinante e devastadora de A maldição do vencedor, Marie Rutkoski desvela o alto custo de mentiras perigosas e alianças pouco confiáveis. A revelação da verdade é iminente e, quando finalmente vier à tona, Kestrel e Arin vão descobrir o preço exato de seus crimes.
Ao final do primeiro livro, A Maldição do Vencedor, Kestrel fez
um acordo com o Imperador, ela se casaria com seu filho e em troca, o Imperador
daria paz ao Governo Herrani. E como resultado ela se tornaria a futura
Imperatriz.
No entanto Kestrel, não imaginou que na corte
real, o jogo politico seria mais tenso e perigoso. Então em meio a verdades
ocultas e mentiras, ela terá que fazer várias escolhas muito arriscadas para proteger
não só a si mesma, como todos aqueles que ela ama, mesmo que isso signifique
perder a confiança e o amor delas.
As escolhas que Kestrel fez no final do
primeiro livro, estão voltando para assombra-la, pois a corte real é um lugar
cheio de víboras e o Imperador acaba se mostrando a pior de todas. Ele é cruel,
manipulador e está sempre se escondendo atrás de ameaças silenciosas e
sorrisos.
Apesar de Kestrel estar nas mãos dele, ela
não é indefesa nem ingênua, e sabe muito bem o jogo que o Imperador está fazendo,
pois é ela é uma das melhores jogadoras nesse jogo.
E é com sugestões perigosas e inteligentes argumentações
que ela vai descobrindo segredos que antes estavam muito bem escondidos e
enraizados dentro da corte. Mesmo sabendo que isso pode causar o seu fim, ela
não desiste, afinal ela precisa encontrar justiça, seja ela para seu povo ou
para a própria consciência.
É muito fascinante a batalha que Kestrel
trava dentro de si. Afinal ela é uma Valoriana com orgulho, mas também entende
o motivo da rebelião dos Herrani. Mesmo com o acordo do fim do primeiro livro,
a tensão entre os Valorianos e os Herranis ainda é bem grande, tanto os focos
de rebelião continuam a crescer conforme a brutalidade do Império avança pelo
continente. E é nesse momento que Kestrel percebe qual o seu papel nesse jogo.
Apesar de estar ao lado do pai, do
Imperador e do Governo Valoriano, ela também está do seu próprio lado, achando
uma forma de encontrar justiça.
No então temos o lado de Arin, agora
Governador de Herran. Apesar de ser muito altruísta e rebelde, e querer
vingança para seu povo, isso acaba cegando ele para algumas verdades meio que óbvias.
O amor entre Arin e Kestrel é profundo e
poderoso, e é justamente por isso que os dois não podem coexistir, pois suas
crenças e ideias são muito opostas. Kestrel gosta de trabalhar na discrição e
de ser uma jogadora silenciosa em suas manipulações. Já Arin, apesar de ser
contido, acaba sendo óbvio sobre as suas escolhas. Juntos ou separados, eles
são igualmente poderosos, e é isso que os torna tão apaixonantes.
Jess e Ronan, dois personagens secundários,
voltam a dar o ar da graça. Jess está mais do que nunca traumatizada e Ronan
ainda carrega magoa e amargura, e isso, pelo ponto de vista de Kestrel, só
contribui para que ela amadureça de forma dolorosa.
Apesar do ninho de cobras que é a corte
real, Verex, o filho do Imperador, acaba mostrando ser uma luz no fim do túnel.
Ele é ingênuo e adorador de artes, e isso não é bem visto por seu pai. Kestrel
e ele acabam construindo uma importante amizade que vai favorecer a ambos.
Temos também a princesa oriental Risha, que
é uma refém na corte, e que apesar de suas rápidas aparições, imagino que será
muito importante para o desfecho no próximo livro.
E falando em orientais, durante a leitura
somos apresentados à corte real deles e a possibilidade deles se tornarem ou
não aliados contra o Império.
E com tudo isso, eu não vejo a hora de ler
O Beijo do Vencedor, o terceiro e ultimo livro dessa arrebatadora história.
AVALIAÇÃO:

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