Autor: Stephen King
Editora: Objetiva
Ano: 2001
Páginas: 164
Carrie, a Estranha narra a atormentada adolescência de uma jovem problemática, perseguida pelos colegas, professores e impedida pela mãe de levar a vida como as garotas de sua idade. Só que Carrie guarda um segredo: quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente. Aos 16 anos, desajustada socialmente, Carrie prepara sua vingança contra todos os que a prejudicaram. A vendeta vem à tona de forma tão furiosa e amedrontadora que até hoje permanece como exemplo de uma das mais chocantes e inovadoras narrativas de terror de todos os tempos. Com tantos ingredientes de suspense, Carrie, a Estranha logo se transformou num enorme sucesso internacional e passou a integrar a mitologia americana. Ao ser transportado para as telas, em 1976, pelas mãos de Brian de Palma, teve a atriz Sissy Spacek e John Travolta em seus papéis principais.
Carrie,
uma garota de 16 anos que foi criada em um ambiente cheio de opressão da mãe,
que é uma fanática religiosa.
Por
esse motivo, Carrie acabou sendo alvo das piadas mais cruéis da escola. Sempre
tentando superar todas essas humilhações, ela foi acumulando um ódio dentro de
si, e quando acontece um “pequeno” incidente escolar, todo esse ódio explode e
ela perde o controle.
Carrie
não é como as outras garotas, ou pelo menos tenta não ser. Ela não se interessa
por moda, não corre atrás de garotos ou tenta ser a garota mais popular. Sua
rotina é ir para a escola e em seu tempo livro rezar ou se penitenciar, em sua
grande maioria, por coisa que não fez.
Sua
mãe é descrita com uma mulher dominadora, cruel e religiosa fervorosa. Carrie,
para ela, é a prova constante do seu maior pecado, e o mal que ela tentou se
livrar, mas não consegui.
Carrie,
sempre sofreu calada por medo de irritar ou desobedecer a “Mamãe”, até o dia
que ela menstrua pela primeira vez, e sem saber o que acontecia e com medo de
morrer, e claro sendo ridicularizada pelas colegas durante o banho no vestiário
feminino, Carrie acaba descobrindo, por conta, que nem tudo o que a mãe dizia
era verdade.
Com
o surgimento e aumento de sua feminilidade, o poderes tele cinese, algo que ela
possuía desde criança, mas que estava adormecido desde os três anos de idade,
acabam aumentando também.
Nesse
momento, Carrie descobre o alcance da sua força e começa a desafiar a mãe, e se
deixa ser convidada para o baile de formatura. Onde tudo começa a dar errado.
Escrever
essa resenha sem soltar qualquer spoiler, foi algo um pouco difícil, mas acho
que consegui né.
Para
começar, posso dizer que o livro é sensacional. Não tem como deixar de admirar.
E a escrita de King é maravilhosa.
Parece
que o livro foi escrito, como se já preparado para ser adaptado para as
telonas.
O
final eu acredito que todas já sabem, mas se ainda não sabe, então corre para
saber, pois vale muito a pena.
Quando
leio livros desse tipo, um lado meio obscuro meu aparece, e fico na torcida,
para ver como será a vingança. Se terá muita tortura e sangue. E vamos
concordar que sangue é o que não falta nesse livro.
Na
verdade o sangue acaba por quase se tornar o personagem principal, afinal foi o
sangue que fez Carrie, se voltar contra a mãe, e foi ele quem fez agir da forma
como agiu no baile de formatura, o que gerou claro, muito mais sangue. Foi uma
ligação e um ciclo perfeito.
King
conseguiu, de forma clara, nos os pensamentos dos personagens enquanto eles
faziam ou falavam outra coisa. O uso de parênteses e frases sem pontuação
mostra bem o fluxo de pensamentos deles.
“Tommy disse que seria bom – que eles dois iriam tratar de fazer com que fosse. Bem, ela iria. Era melhor ninguém se meter a fazer nada. Era mesmo. Ela não sabia se seu dom vinha do senhor da luz ou das trevas, e agora, descobrindo afinal que, para ela, tanto fazia, sentiu um alívio quase indescritível, como se tivesse se livrado de um peso enorme, que carregava há muito tempo nos ombros.”
Outra
coisa eu me interessou muito, foi à dinâmica entre o presente e o futuro.
Durante a narração, em alguns momentos, ela é interrompida para esclarecer ou
complicar mais, com artigos científicos, testemunhos de moradores e outras
formas de escrita, sobre o poder da tele cinese que a Carrie desenvolveu, e o
que realmente pode ter acontecido na noite do dia do baile de formatura. Assim
a historia estava sendo contata no presente, os artigos eram no futuro, e o
conjunto da obra acabou sendo do passado. Entenderam?!
Além
do livro temos também, as adaptações nas telonas. Em 1976, tivemos o primeiro
filme, com o elenco Sissy Spacek, John Travolta e vários outros. Em 1999,
tivemos uma sequencia, que não temos no livro, que conta a história do pai de
Carrie, que teve outro casamento e outra filha com poderes tele cinéticos. Sue
Snell, a única sobrevivente da trágica festa, é agora conselheira da escola. Em
2002, tivemos uma refilmagem. E agora (2013) teremos mais uma refilmagem que
terá a estreia em dezembro.
Então
vocês não podem deixar de ler o livro, pois vale muito a pena.
Avaliação:
Não gosto muito do filme, então nem tenho interesse no livro. Mas pretendo assistir o novo filme que fizeram.
ResponderExcluirBeijos,
Mands - Outbreaks.
Eu queria assistir o filme, mas acho que não vou conseguir e vou sair gritando no meio da sessão (sim, sou dessas).
ResponderExcluirAinda não li nada desse autor, acho um desperdício, mas a oportunidade não surge na hora certa.
Quem sabe em 2014.
Beijo
Fernanda - Leitora Incomum