Olá Devoradores!
Já faz um tempinho que não posto nenhuma entrevista
aqui no blog...
Então hoje vamos conhecer um pouco mais do Maurício
Gomyde e suas obras. Espero que gostem.
Devoradores
de Histórias - Conte um pouco sobre a sua história, sua carreira.
Maurício
Gomyde - Minha carreira como
escritor se confunde muito com a carreira de músico, e acho que esta é a marca
mais forte de como cheguei até aqui. Nasci em uma família de músicos, e a arte
em casa fez parte da minha infância, adolescência, até a vida adulta. Ler era
meio que uma obrigação em casa, já que meus pais leem muito, e a transposição
da vontade de cantar histórias, para a de contar histórias foi natural. Comecei
a escrever meu primeiro livro (O Mundo de Vidro) em 2001 e, de lá para cá,
lancei outros dois títulos (Ainda não te disse nada e O Rosto que Precede o
Sonho).
DH - Quais foram às fontes inspiratórias para
que você iniciasse a carreira como escritor?
MG - A
inspiração sempre passeou pelas coisas que vejo que ouço as histórias que eu
tinha como músico de banda, as meninas da escola, as meninas que se tornaram
mulheres, as angústias que passei e os sonhos que ainda tenho. Acho que a
necessidade de colocar tudo isso pra fora veio naturalmente. Acho um
desperdício as pessoas terem tantas coisas para contar, reclamar, expor, dizer,
compartilhar, e, ainda assim, guardarem para si.
DH - Como é o seu processo de criação de uma
história?
MG - Entre um
livro e outro eu fico matutando muito sobre quem será a próxima história. Se
sobre um homem, uma mulher, jovem, velho, velha, criança. Se será no Brasil ou
fora dele. Se for no Brasil, onde se passará? Penso muito no momento que estou
vivendo, as coisas que quer contar, colocar pra fora. Quando encontro uma linha
que me pareça que vai dar frutos, invisto, pesquiso e começo a escrever.
Ultimamente tenho tentado planejar bastante a história antes de começar.
Depois, é no peito e na raça... rs.
DH - Há planos para lançar os livros fora do
Brasil?
MG - Vontade há, mas planos ainda não. Quero amadurecer um
pouco mais antes de me aventurar em outra cultura. Quero conquistar primeiro os
meus, pra depois tentar os dos outros.
DH - Quando
e como você teve a ideia de escrever um livro?
MG - Meu primeiro livro saiu por acaso. Ele tem uma troca
de emails no meio e que eu comecei a escrever do nada. Depois apareceu toda a
história que vem antes, durante e depois. Eu adaptei a história aos emails
imaginários que criava.
DH - Os
personagens costumam ser baseados em pessoas que você conhece?
MG - Sempre! É bem mais fácil descrever alguém que a gente
conhece, que vê na rua, com quem já trocamos uma ideia. Por exemplo, a dona
Jane, do meu segundo romance (Ainda não te disse nada), e que trabalha na
agência dos Correios no livro, trabalha efetivamente na minha agência dos
Correios. O nome dela é Jeannia e eu só pensava nela quando estava escrevendo
os trechos em que aparecia.
DH - Você
sempre conta histórias para o seu filho e/ou outras crianças?
MG - Acho que sou melhor escrevedor de histórias que
contador de histórias... rs. Mas conto sim, acho interessante, tento fazer as
vozes, interpretar. Confesso que nem sempre sai algo interessante... rsrsrs.
DH - De
onde surgem suas ideias?
MG - Do dia-a-dia, dos amigos, das notícias, dos livros que
leio. São os ingredientes que jogo no caldeirão, vou mexendo, temperando e
torcendo pra sair algo que seja saboroso ao leitor.
DH - Qual foi seu livro preferido, quando era criança?
MG - Que eu me lembre, o que mais me marcou foi “O
Menino do Dedo Verde”.
DH - Como
você tem divulgado o livro?
MG - Como
sou autor independente, toda minha divulgação é feita por mim mesmo, via
internet. Tento me disciplinar e passar de uma a duas horas por dia por conta
de responder entrevistas, criar promoções, responder emails, atualizar as redes
sociais. Acho que é uma boa forma de se divulgar, mas tem que ter tempo e
paciência. Nem sempre a gente encontra, mas, na medida do possível, vou fazendo
assim. Tem dado certo até agora.
DH - Como é que surgiu o título?
MG - O
título do meu último livro foi a primeira coisa que surgiu nele. Eu gostava do
“O rosto que precede o sonho” e fui buscar uma história que desse sentido ao
que o título queria dizer.
DH - Quais as suas maiores referências literárias?
MG - Gosto de
tudo, não tenho preferências específicas. Li de Nick Hornby, Chuck Palahniuk e
Bolaños a Machado de Assis, Graciliano Ramos e Paulo Coelho. Se cair um
Nicholas Sparks, um James Patterson, um Dan Brown, eu acho bom demais. Sem
preconceitos. Para quem é escritor, tem que ler de tudo.
DH - Qual a mensagem você deixaria para os
novos autores?
MG - Não
desistamos! Escrevamos cada dia mais! Fundamental tentar ler teoria literária.
Há muitos bons livros no mercado, muita gente boa contando seus “segredos”.
Devemos pegar isso tudo aí, misturar com a criatividade e contar as coisas que
nos são caras. Acho que é uma boa “fórmula” de sucesso.
Bom gente
é isso...
Eu
adorei, na verdade sempre gosto de saber um pouco mais sobre os autores dos
livros que estou lendo.
Até a
próxima...
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